o Seu amor dura para sempre 34

o Seu amor dura para sempre
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Sexta-feira Santa

Leitura bíblica
Marcos 15.1-47, Isaías 52.13-15, Isaías 53.1-7.

Porque é que crucificaram Jesus? Porque fazia parte do plano redentor eterno de Deus, para começar, mas o que escreveram eles nos seus registos do tribunal? Qual foi o Seu crime? Ele era o Rei dos Judeus.

Jesus atesta esta identidade, tal como Pilatos e, mais tarde, os soldados romanos. Os magos vieram a Belém, procurando-O por este título, e foi a acusação escrita contra Ele enquanto estava pendurado na cruz (Mateus 27.37). Ele não era o rei que o povo judeu esperava, nem era Ele o rei que eles queriam. Quando “Pilatos lhe perguntou: ‘És tu o Rei dos Judeus? Ele respondeu-lhe: ‘Tu o dizes'” (Marcos 15.2). Ele não fez nenhuma defesa porque foi a Sua própria pessoa que ofendeu, a Sua realeza em si é uma ofensa a todo o coração pecador. A Pedra da Esquina é a pedra de tropeço, a rocha da ofensa. Eles zombaram d’Ele enquanto Ele estava pendurado na cruz, mas as suas línguas involuntariamente confessaram-No como “Messias, o Rei de Israel”.

Na sua carta aos Romanos, a acusação que Paulo traz contra os incrédulos não é que eles não saibam a verdade, mas que a conhecem, e ainda assim a reprimem: “Porque do céu se revela a ira de Deus contra toda a impiedade e injustiça de pessoas que pela sua injustiça suprimem a verdade” (Romanos 1.18). Embora Ele tenha chegado à humanidade em carne e osso, “foi desprezado, e nós não o valorizámos” (Isaías 53.3).

Pilatos e o povo judeu não precisavam de mais provas de quem Jesus era para poderem acreditar. Rejeitaram as provas que se encontravam mesmo à sua frente. De facto, quando no final “Jesus soltou um forte grito e deu o seu último suspiro”, até isto testemunhou quem Ele é de tal forma que, quando o centurião presenciou a Sua morte, o soldado disse: “Verdadeiramente este homem era o Filho de Deus”. (Marcos 15.37,39).

Em cada estação quaresmal, a Igreja lembra-se da longa viagem que Cristo percorreu até à cruz. Todos os anos, encontramos a mesma evidência, as mesmas evidências do Messias Jesus, os mesmos corações endurecidos que não gostam da verdade diante deles. A bondade da Sexta-feira Santa é que Cristo veio redimir pessoas cegas, surdas e rebeldes, tal como nós. Ele veio para carregar sobre Si mesmo a culpa do nosso pecado:

Mas ele foi trespassado por causa das nossas faltas,
aniquilado por causa das nossas culpas.
O castigo que nos devia redimir caiu sobre ele;
ele recebeu os golpes e nós fomos poupados. (Isaías 53.5).

A bondade da Sexta-feira Santa é que, porque Ele caminhou silenciosamente para a cruz, como um Cordeiro para o matadouro, não protestando contra o castigo que Lhe foi aplicado, temos esperança. Ele foi rejeitado por Deus para que pudéssemos ser tornados aceitáveis para Deus, um povo para a Sua própria posse. Esta foi a promessa dada através de Jeremias: “Eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo” (Jeremias 31.33). Veja, como o centurião fez: a verdade que já está diante dos nossos olhos, que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e Ele comprou a nossa salvação! Graças a Deus!

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