Vida Através da Morte

Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito

Então Jesus deu um grande brado e disse: « Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito.» Mal acabou de pronunciar estas palavras, morreu.
— Lucas 23.46 (BPT09)

Não houve altura mais sombria da História do que as horas que antecederam a morte de Jesus. Até a Criação se queixou dessa perfeita injustiça. Nem o sol quis brilhar perante tamanha maldade. O mundo escurece quando tenta ofuscá-Lo.

A verdade é que só por Ele se poderia romper a cortina que nos separava do Pai. Até aí tinha ficado bem patente que ninguém chegaria por si mesmo a tão desejável intimidade. Nenhum sacrifício pessoal cobriria a multidão dos nossos pecados, quanto mais os da humanidade inteira. Daí o valor incalculável do enorme brado de Jesus: “Pai, nas Tuas mãos entrego o Meu espírito.”

Foi na Sua morte na cruz que vimos escarrapachado o amor que nos tem. Jamais duvidemos disso. Reconheçamos, pois, que “Ele é realmente justo”. E em vez de desesperarmos pelo que Lhe fizemos e nos mantermos à distância, deixemo-nos mas é atrair pelo magnetismo arrebatador do Seu amor.