o Seu amor dura para sempre 32

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Quarta-feira: Jesus é Ungido para o Enterro

Leitura bíblica
Mateus 26.14-16, Marcos 14.3-11, Lucas 22.3-6, Zacarias 11.12-13.

Ao crescer com dois irmãos, houve alturas em que me senti um pouco em desvantagem numérica. Uma vez, cheguei a casa da aula de dança para encontrar a minha boneca preferida mantida como refém num jogo de polícias e ladrões. Gritando, desviei-me dos dardos de espuma para a resgatar da zona de guerra da cave. Amuei, sonhando com formas de vingar a honra da minha boneca. Não estava com disposição para partilhar.

Como adulto, as coisas que nos são mais queridas podem ser a nossa família, o tempo ou os recursos. Mas quando alguém tenta pôr a mão nas nossas preciosas mercadorias, é melhor acreditar que ainda podemos fazer uma birra do tamanho de uma criança. Os nossos punhos fecham-se cada vez mais à volta das coisas que dão sentido às nossas vidas, e perdemos de vista o Único que pode dar verdadeiro sentido às nossas vidas.

Há muitos relatos ao longo da Bíblia em que Deus pede às pessoas para abrirem a sua mão por causa do Evangelho. Uma dessas histórias é quando Deus pediu a Abraão que sacrificasse o seu filho, Isaac (Génesis 22). Todos nós podemos reconhecer imediatamente o custo do pedido para desistir de uma criança. Abraão obedeceu mesmo àquela instrução mais dolorosa, porque confiava em Deus. Por fim, o Senhor poupou Isaac e providenciou um cordeiro para sacrifício, pintando a ilustração das coisas vindouras. Deus abdicaria do Seu próprio Filho perfeito como o Cordeiro em nosso favor. Ao fazê-lo, o próprio Deus pagou o preço que nós merecíamos.

Enquanto muitos de nós lutamos para entregar os nossos ídolos quando pressionados, há alguns seguidores de Jesus que dão livremente sem sequer serem solicitados. Maria de Betânia (João 12.2-3) era uma dessas santas. Ninguém a culpou por uma oferta, e mesmo assim ela tomou o que era provavelmente a coisa mais cara que possuía, um frasco de perfume, e luxuosamente partiu-o por cima da cabeça do Messias. Os fariseus criticaram a sua generosidade, fingindo preocupação pelos pobres, mas Jesus viu através dos seus corações calculistas.

Cristo louvou o dom extravagante de Maria, dizendo que o seu acto será para sempre “contado em memória dela” (Marcos 14.9). Maria escolheu viver de mãos abertas, e isso foi considerado como eternamente significativo. Ela deu tesouros na terra para guardar tesouros no céu (Mateus 6.19-21). E, ao fazê-lo, ela construiu um legado que importava. Antes mesmo de Maria caminhar na terra, as suas acções foram afirmadas nos escritos de sabedoria: “Um bom nome é melhor que um perfume fino, e o dia da morte é melhor que o dia do nascimento” (Eclesiastes 7.1).

Tanto Maria como Abraão ganharam bons nomes para si próprios ao viverem como um ungido para a morte. Também nós somos chamados a viver ungidos para a morte. Jesus disse que se quisermos segui-Lo, devemos morrer para nós próprios e tomar as nossas cruzes (Mateus 16.24). Como cristãos, isso significa que devemos soltar o nosso domínio sobre as coisas terrenas e concentrar os nossos olhos nas coisas celestiais.

Quando pensamos no impacto que queremos ter nas nossas vidas, recordemos Maria de Betânia, que derramou os seus dons para o derradeiro doador de presentes. Ao morrer para nós próprios e ao unirmo-nos a Cristo na Sua unção para o enterro, ficamos cobertos pelo perfume da graça. Então o nosso legado tornar-se-á uma oferta perfumada de Cristo ao mundo (2 Coríntios 2.15).

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