Devocional Evangelho de João
Leitura Bíblica
Mas os chefes dos judeus não queriam acreditar que ele tinha sido cego e que tivesse sido curado. Chamaram os pais dele e perguntaram-lhes: «É este o vosso filho? É verdade que ele nasceu cego? Como é que ele agora tem vista?» Os pais responderam: «Sim, é verdade que este é o nosso filho e que nasceu cego. Mas como é que agora vê não sabemos. E também não sabemos quem o curou. Já tem idade para responder, perguntem-lhe!» Foi por medo que eles deram esta resposta, porque os chefes dos judeus tinham resolvido expulsar da sinagoga todo aquele que confessasse que Jesus era o Messias. Por isso é que disseram: «Ele já tem idade para responder, perguntem-lhe.» Os chefes dos judeus mandaram chamar outra vez o que tinha sido curado, e disseram-lhe: «Dá glória a Deus! Nós sabemos que esse homem é um pecador.» «Se é pecador ou não, isso não sei», respondeu ele. «O que sei dizer é que eu era cego e agora vejo.» Tornaram-lhe a perguntar: «Que é que ele te fez? Como é que te abriu os olhos?» «Já vos contei como foi, mas vocês não acreditaram em mim», respondeu ele. «Que mais querem ouvir? Será que também querem ser seus discípulos?» Ao ouvir isto, os fariseus insultaram-no: «Tu é que és discípulo desse homem! Nós somos discípulos de Moisés. Sabemos que Deus falou a Moisés; mas deste, nem sequer sabemos donde é.» Ele replicou: «Que coisa estranha! Não sabem donde ele é, mas a verdade é que ele me deu a vista. Ora nós sabemos que Deus não ouve os pecadores, mas escuta aqueles que o adoram e fazem a sua vontade. Desde que o mundo é mundo, nunca se ouviu dizer que alguém desse a vista a um cego de nascença. Se esse homem não viesse de Deus nada podia fazer.» Responderam, por fim, os fariseus: «Tu nasceste cheio de pecados e queres ensinar-nos?» E puseram-no fora.
João 9.18-34 in Bíblia para Todos
Devocional
Há pessoal tão obstinado que, por mais extraordinária que seja a transformação que Jesus opere na vida de alguém, é incapaz de festejar o que de bom sucede aos outros. Ainda que esteja à vista de toda a gente a acção sobrenatural de Jesus, os doutorados em religião recusam-se a admiti-lo. Mesmo que o afortunado confesse sê-lo, por obra e graça de Jesus, nada demove corações endurecidos pelo cumprimento escrupuloso de regras.
A cegueira é de tal ordem que encostam à parede qualquer “pequenino” e, se necessário for, o respectivo agregado familiar. Ostracizar alguém ou ameaçar fazê-lo porque se deixou tocar e transformar por Jesus é cruel e inaceitável. Infundir o medo não é próprio de quem diz amar a Deus. A arma da excomunhão só é disparada por tropas manipuladoras e inseguras. Que tristeza colocar pesos sobre os ombros de vidas que Jesus alivia!? Só mesmo quem não se enxerga é que volta à carga e bate repetidamente na tecla de Jesus ser um impostor.
É preciso muita lata e ignorância a rodos para afirmar que Jesus intruja os mais débeis e não topar o que Ele faz para os dignificar. Evite dispender-se energia com malta que se eriça e rosna em circuito fechado com o jeito de Jesus agir. Já para não falar no “pormaior” de se convencerem que não têm nada a aprender com ninguém, nem sequer com Jesus. Assim, em primeira e última instância, testemunhe-se o amor desmedido de Jesus sentido na pele e ache-se encanto em ser acusado de ser Seu seguidor.
E mesmo que se seja colocado de parte jamais se deixe de constatar com simplicidade: “Se esse Homem não viesse de Deus nada podia fazer.” Expressemos a nossa devoção Àquele que não pára de nos maravilhar. Amemos a Sua Pessoa, em vez de embarcarmos na cantiga dos teóricos da fé.
– Jónatas Figueiredo