Leitura bíblica
1 Senhor, faz-me justiça,
pois tenho andado com integridade.
Sempre tenho confiado em ti,
por isso, não hesitarei nem recuarei.
2 Examina-me, Senhor,
e confirma que é assim mesmo;
observa bem o meu íntimo, os meus sentimentos.
3 Porque penso muito na tua bondade;
a tua verdade é a lei da minha vida.4 Não convivo com gente falsa nem hipócrita.
5 Detesto ajuntamentos de malfeitores;
não me chego aos que te desprezam.
6 Lavo as mãos em sinal da minha inocência
e para poder prestar-te culto diante do teu altar.
7 Para poder cantar-te publicamente louvores,
contando, assim, as tuas maravilhas.8 Senhor, eu amo a tua morada
e o lugar em que está a tua gloriosa habitação.
9 Não deixes nunca que eu fique
em igualdade de circunstâncias com os pecadores.
Não deixes que a minha vida fique associada
à conduta de homens sanguinários,
10 Nas suas mãos só há assassínios;
nada fazem sem subornos.
11 Quanto a mim, procuro andar em integridade;
livra-me e tem compaixão de mim.12 Os meus pés andam num caminho plano.
Salmo 26 (O Livro)
Louvarei o Senhor publicamente.
Devocional
O nosso senso de justiça é deveras bamboleante. Daí ser ultra necessário pedir uma mãozinha a Deus para nos chamar à isenção.
É de extrema importância e relevância conversar com Ele sobre como nos vemos. Para além de ser por si só um excelente exercício introspetivo, é igualmente uma forma sadia de nos colocarmos ao Seu jeito.
Mais do que atrevimento, peçamos-Lhe que saia em nossa defesa, mediante uma consciência aliviada pelo Seu perdão. Não nos tomemos por perfeitos, mas por pessoas que tentam viver de forma íntegra, ajustando-se ao Seu carácter.
Quem dera que, entre outras coisas, possamos dizer-Lhe: “Tenho agido em retidão”, “confio em Ti sem vacilar” ou “comporto-me com fidelidade para Contigo.”
Tudo isto entremeado com o impopular pedido para que “examine os nossos desejos e pensamentos.” Deixemos que seja Deus a mostrar-nos a (in)coerência da nossa oração.
Por mais convictos que estejamos das nossas boas intenções, da distância que guardamos de malta fingida ou perversa, da prática da confissão, da continuada adoração e do prazer que sintamos em estar na Sua Casa; jamais nos fiemos nesta pseudolista de virtudes.
Roguemos que nos poupe de nós mesmos e de sermos engolidos pela enxurrada de maldade que nos circunda.
Permitamos que Deus peneire as nossas peneiras. Façamos o que é correto, mas tenhamos noção do quanto carecemos da Sua compaixão.
“Tendo sempre diante dos nossos olhos a Sua bondade”, caminhemos a direito, em comunidade e em festa permanente.
– Jónatas Figueiredo
Este devocional é parte de uma série que nos ajuda à reflexão sobre o livro dos Salmos. Um novo devocional todos os dias úteis. Lê ou ouve, faz de cada Salmo a tua canção a Deus.