Ele Reina
Leitura bíblica
11 Também os comerciantes da Terra vão chorar e lamentar-se por causa dela. Ninguém mais lhes comprará as suas mercadorias: 12 ouro, prata, pedras preciosas, pérolas, linho, púrpura, seda, escarlate, madeira de sândalo, objetos de marfim, madeiras raras, objetos de bronze, ferro e mármore. 13 Ninguém mais lhes comprará canela, cravo, especiarias, perfumes, incenso, vinho e azeite, flor de farinha e trigo, gado grosso e ovelhas, cavalos, carros, escravos e prisioneiros.
– Apocalipse 18:11-13 (BPT)
Devocional
Em geral, penso que as cidades são sítios fantásticos e gosto mesmo de viver na cidade! Mas tenho de admitir, depois de ter passado algum tempo nestes capítulos do Apocalipse tive de repensar a minha atração pela cidade. As cidades não são “más” em si mesmas. Na verdade, estamos destinados a viver numa cidade, a Nova Jerusalém. Mas existem perigos específicos na cidade e precisamos de abrir os nossos olhos espirituais, olhar à nossa volta e compreender o espírito da cidade.
João está a descobrir quão má é realmente a cidade e, no capítulo 18, o quadro completo aparece à medida que a Babilónia se desmorona. Lembra-te de que a Babilónia é um símbolo de todas as cidades e culturas que deixam Deus de fora. A identidade da Babilónia é feita das coisas que ela consegue produzir, que consegue vender, e que pode consumir. Ela quer o seu dinheiro e as suas riquezas, e não quer saber de como o consegue!
Há duas grandes marcas da cultura babilónica vistas neste capítulo.
Primeiro, há a ganância e, com ela, a injustiça. O versículo 13 diz-nos que na Babilónia, as pessoas continuam a ser vendidas como escravas. A Babilónia é construída com trabalho escravo! E depois repara no sistema de valores da Babilónia… ouve como o povo chora (v. 12-13). Vão de lamentar o que mais valorizam para o que menos valorizam. A lista começa com o ouro e termina com as pessoas! A Babilónia valoriza mais os bens do que as pessoas, uma inversão total das prioridades de Deus.
A segunda marca da cultura babilónica é o consumismo. A Babilónia não faz qualquer distinção entre necessidades e desejos. A Babilónia venera produtos e as decisões são tomadas com base na quantidade e na rapidez com que as “coisas” podem ser produzidas.
Então, como podemos viver na Babilónia mas sem abraçar a sua cultura? Só venceremos a Babilónia se vivermos numa relação chegada a Jesus e prestarmos atenção aos Seus avisos – Não te esqueças do teu primeiro amor; não sejas apático; não faças concessões; ao ser tolerante, não comentas erros; não tentes ser autossuficiente e não substituas Jesus por coisas (os luxos da Babilónia). Aproxima-te de Jesus e Ele vai aproximar-se de ti!
– Connie Main Duarte
Este devocional é parte de uma série que nos ajuda a navegar os textos do livro de Apocalipse com um olhar fresco. Um novo devocional todos os sábados.
Estes devocionais estão disponíveis em português e inglês.