#74 até Cristo

Devocional Coríntios
Devocional Coríntios
#74 até Cristo
A carregar
/

devocional coríntios

leitura bíblica

Volto a dizer: não pensem que sou insensato. Mas se pensam que o sou, então permitam que me glorie um pouco mais. Aquilo que vos digo não será de acordo com o que o Senhor quer, mas falo como se de facto fosse insensato, gloriando-me. Já que muitos se andam a gloriar por motivos humanos, também eu o vou fazer. Parece que na vossa sensatez aceitam bem os insensatos. Aceitam bem os que vos escravizam, vos exploram, vos desprezam e vos batem. Não tivemos coragem para fazer isso. Para minha vergonha o digo! Mas se alguém tem motivos de orgulho — e aqui volto a falar como insensato — também eu os tenho. São hebreus de nascimento? Também eu! Pertencem ao povo de Israel? Também eu! São descendentes de Abraão? Também eu! São servos de Cristo? Falando como insensato, posso dizer que o sou muito mais do que eles. Passei por muito mais trabalhos, prisões, perseguições e perigos de morte, muitas vezes. Fui cinco vezes castigado pelos judeus com trinta e nove chicotadas . Fui três vezes espancado e uma vez apedrejado . Naufraguei três vezes e passei uma noite e um dia perdido no mar. Tive de fazer viagens sem conta, sofrendo perigos nos rios; com ladrões, com os compatriotas, com os estrangeiros ; perigos na cidade, no deserto, no mar e mesmo entre os falsos irmãos. Tive de suportar trabalhos e canseiras, muitas noites sem dormir, fome e sede, muitos dias sem comer, frio e falta de roupa. E, além do mais, tenho de carregar diariamente com o peso das preocupações de todas as igrejas. Haverá alguém que esteja fraco que eu não me sinta fraco com ele? Haverá alguém que tropece sem que eu sofra também? Se é permitido a alguém orgulhar-se, eu também me orgulho naquilo que sofro. Deus, Pai do Senhor Jesus — bendito seja ele para sempre — bem sabe que não estou a mentir. Em Damasco, o representante do rei Aretas mandou fechar as portas da cidade para me apanhar. Tiveram que me descer num cesto, por uma janela aberta no muro da cidade, e só assim consegui escapar das suas mãos.
2 Coríntios 11.16-33

devocional

Por vezes é necessário enunciar algumas das provas que superámos no passado. Relatá-las não por insensatez ou gabarolice mas como evidência de integridade. Há que lançar mão dessas duras experiências para que quem esteja em vias de ser ludibriado espiritualmente, faça um compasso de espera e decida sabiamente. Quando percebemos que alguém está a fazer perigar a segurança espiritual de outros, a reboque de currículos distorcidos e motivações mascaradas, impõe-se uma denúncia chapada. Não pode haver complacência perante pessoas que exploram friamente os mais ingénuos na fé. Alerte-se aqueles que na sua inocência estão a ser vítimas de manipulação por parte de vendilhões religiosos, pois estes podem até auto-intitularem-se pomposamente, mas mais não são do que charlatães. Denuncie-se cada carta escondida nas suas mangas. Em contraponto, refiram-se os nós que Deus nos desatou. Faça-se sempre jus ao Seu dedinho. Entre dores e fadigas sentidas, apertos e golpes experimentados, combates e perigos vencidos, sobressaia permanentemente a nossa paixão por Cristo. Destaquemos o Seu amor que nos contagiou a amar sem restrições a Sua Igreja. Por fim, mantenhamos sempre presente a nossa vulnerabilidade, abraçando o espírito da declaração bíblica: “Se convém gloriar-me, gloriar-me-ei no que diz respeito à minha fraqueza.”
– Jónatas Figueiredo