devocional coríntios
leitura bíblica
Vocês veem as coisas pela aparência. Se alguém estiver convencido de que pertence a Cristo, esse que pense bem, porque assim como ele pertence a Cristo também nós a ele pertencemos. Se eu me gloriar excessivamente na autoridade que o Senhor nos deu para vossa edificação, e não para vossa ruína, não me envergonharei. Mas não quero dar a impressão de estar a meter-vos medo com as minhas cartas. Alguns dizem: «As cartas dele são pesadas e duras, mas quando ele cá está é fraco de corpo e a sua linguagem não vale nada.» Esses que fiquem a saber que eu sou a mesma pessoa, tanto no que digo de longe, por carta, tanto no que faço quando estou presente. Claro que não ousamos comparar-nos ou a igualar-nos com aqueles que se apresentam como pessoas muito importantes, porque esses são insensatos, pois medem-se com a sua própria medida e comparam-se consigo mesmos. Não queremos orgulhar-nos desmedidamente do nosso trabalho, mas apenas na medida que Deus nos destinou, e que era a de chegar até vós. Se não tivéssemos chegado até aí, então não teríamos respeitado essa medida. Mas pelo contrário, chegámos até vós com o evangelho de Cristo. Não nos orgulhamos exageradamente do nosso trabalho, aproveitando-nos das fadigas dos outros. O que esperamos é que a vossa fé vá crescendo, e com ela a nossa influência no vosso meio, segundo a medida que Deus nos marcou. Esperamos ainda poder levar a boa nova a outras terras, para além da vossa. Assim não precisaremos de nos orgulhar do trabalho já feito por outros segundo a medida que lhes foi destinada. Aquele que quiser orgulhar-se que se orgulhe no Senhor . Pois não é aquele que se apresenta a si mesmo como muito importante que fica aprovado, mas aquele que o Senhor apresentar como tal.
2 Coríntios 10.7-18
devocional
Medir os outros pela aparência é um erro crasso. Julgar alguém usando uma tabela pessoal, além de ser feio e descabido, revela uma enorme mesquinhez interior. Menosprezar o próximo por presunção de que se é mais espiritual do que ele, é sintomático da distância abissal a que, verdadeiramente, se está de Jesus. Nenhum discípulo Seu, no pleno gozo da sua sanidade espiritual, se coloca em bicos de pés face aos demais seguidores. Cristo não é mais de uns do que de outros. Ninguém tem legitimidade para, em Seu nome, segregar quem quer que seja. Rejeite-se, pois, a cultura do silêncio provocador, do amuo intencional ou da ofensa gratuita. Aprenda-se a acatar a crítica idónea, independentemente do aspecto que tenha a pessoa que a profira. Resista-se à tentação de rotular quem, de forma sustentada e frontal, denuncia comportamentos desviantes. Haja disciplina individual para não se derrapar em comparações absurdas, que apenas visam o massajar do próprio ego. Destaque-se, sim, em permanência Quem de direito: “Aquele, porém, que se gloria, glorie-se no Senhor.” Até porque é mais do que sabido que “não é aprovado quem a si mesmo se louva, mas, sim, aquele a quem o Senhor louva.”
– Jónatas Figueiredo