devocional coríntios
leitura bíblica
Mas trazemos este tesouro como que em vasilhas de barro, para que se veja que esse poder extraordinário pertence a Deus e não a mim. Sofremos em tudo dificuldades, mas não ficamos angustiados. Sentimos insegurança, mas não nos deixamos vencer. Perseguem-nos, mas não nos sentimos abandonados. Deitam-nos por terra, mas não nos destroem. Trazemos continuamente no nosso próprio corpo o sofrimento mortal de Jesus, para que também a sua vida se manifeste em nós. Enquanto vivemos, estamos entregues à morte, por causa de Jesus, de modo que também a sua vida se manifeste no nosso corpo mortal. Portanto, aquilo que tem mais força em nós é a morte; em vós é a vida. A Sagrada Escritura diz: Acreditei e por isso falei. Também nós acreditamos e falamos, pois temos o mesmo espírito de fé. Sabemos que Deus, que ressuscitou o Senhor Jesus, também nos há de ressuscitar, para nos reunir convosco e com Jesus na sua presença. Tudo isto acontece para vosso bem, a fim de que, sendo muitos a experimentar a graça de Deus, sejam muitos também a agradecer a sua bondade e a dar-lhe glória.
2 Coríntios 4.7-15
devocional
A nossa debilidade é colocada a nu a toda a hora. Raro é o dia em que não percebemos como somos frágeis. Uma corrente de ar pode virar-nos, num instantinho, de pernas para o ar. “Temos, porém, este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus, e não nossa.” É precisamente a percepção da nossa vulnerabilidade física que nos leva a deixar de andar em bicos de pés. O sofrimento leva-nos as manias todas de auto-suficiência. Na dor os tiques de pedantismo ruem em três tempos. Não há aqui ponta de fatalismo, apenas a constatação de que na compreensão da finitude humana se passa a atribuir o mérito de cada pequenina coisa a Deus. Interiorizamos, finalmente, que o poder Lhe pertence por inteiro. Crescemos, pois, com as adversidades: “Em tudo somos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desanimados. Perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos.” Vamos sendo burilados degrau a degrau, “trazendo sempre no corpo o morrer de Jesus, para que também a vida de Jesus se manifeste nos nossos corpos.” Abracemos, de uma vez por todas, uma cultura permanente de renúncia, permitindo que Jesus se evidencie em nós momento a momento.
– Jónatas Figueiredo