devocional gálatas
leitura bíblica
Catorze anos mais tarde, voltei a Jerusalém. Fui com Barnabé e também levei Tito comigo. Fui lá porque Deus me tinha dado a conhecer que devia ir. Numa reunião particular com os responsáveis , expliquei-lhes o evangelho que eu anuncio aos não-judeus. Não queria que aquilo que tinha feito e continuo a fazer fosse inútil. Ora bem, Tito, que estava comigo e que não é judeu, não foi obrigado a receber a circuncisão, embora alguns que se faziam passar por irmãos e se tinham juntado a nós quisessem que ele se circuncidasse. Esses tinham lá entrado como espiões para verem a liberdade que nós temos em Jesus Cristo, a fim de nos fazerem novamente escravos da lei. Mas nem por um momento nos deixámos levar por eles, para que a verdade do evangelho pudesse chegar intacta até vós. Aqueles que eram reconhecidos como responsáveis não alteraram em nada a minha mensagem. Na verdade, a mim nem me importa o que eles eram, pois Deus não julga pelas aparências. Pelo contrário, eles reconheceram que Deus me tinha encarregado de anunciar o evangelho aos não-judeus, tal como tinha encarregado Pedro de anunciar o evangelho aos judeus. Tal como Deus atuou por meio de Pedro, em favor dos judeus, atuou por meu intermédio para os não-judeus. Tiago, Pedro e João, que eram os mais considerados, reconheceram que Deus me tinha confiado esta missão e deram-nos as mãos, a mim e a Barnabé, em sinal de acordo. E assim, concordámos em que nos dirigíssemos aos não-judeus, e eles aos judeus. Só nos recomendaram que nos lembrássemos dos pobres, coisa que eu sempre tenho procurado fazer.
Gálatas 2.1-10
devocional
Há esclarecimentos que exigem determinadas cimeiras, mesmo entre cristãos. Quando as discordâncias são de monta, nada melhor do que as discutir presencialmente. Faça-se alguma coisa para esvaziar o copo prestes a extravasar. Andem-se os quilómetros necessários para desfazer imbróglios. Contudo, não se descure a procura, na ala oponente, dos interlocutores com quem seja mais fácil estabelecer pontes. Então, apresentem-se de boa fé os argumentos assentes na Palavra. Dê-se a saber, sem parêntesis, a forma como se tem partilhado o evangelho. Revele-se a disposição férrea para não abrir mão da liberdade em Cristo, mesmo que isso obrigue a bater o pé ao legalismo religioso. Não se ceda um milímetro diante do falso moralismo ou da desprestigiante beatice. Ainda assim, no combate de ideias aja-se com a máxima elevação. Combine-se tenacidade com amabilidade. Mescle-se firmeza com amor. Trate-se com respeito quem pensa diferente. Aceite-se o ministério distinto que Deus confiou a outros companheiros de missão. Caminhe-se de forma obediente e apaixonada ao lado de Cristo, revelando-o também na forma como se ama e cuida dos pobres.
– jónatas figueiredo