Aí tens a tua mãe
Afinal sempre houve quem arriscasse ficar por perto de Jesus na altura em que foi crucificado. Mulheres que não debandaram a despeito do perigo acarretado. O amor que Lhe tinham era tal que se mantiveram “junto da cruz de Jesus.”
Bem pode dizer-se que não seria de esperar outra coisa da Sua mãe, mas é altamente comovente constatar que a dor dilacerante por si sentida não a demoveu. Ei-la, novamente, a observar e a guardar todas as coisas no coração. Engolida, mas ao lado do seu filho até ao fim.
Secundada pela sua irmã, que em tempos foi corrigida pelo próprio Jesus por se ter envolvido numa acesa disputa de poder. Nessa ocasião, Ele remeteu-a, bem como aos seus dois filhos, para o Seu cálice, para o trilho de serviço, no fundo, para a cruz. E agora, ali está ela. Que lição de humildade e fidelidade.
Dentre aquelas bravas mulheres ali presentes, de uma não se sabe nadinha. E nem é preciso, pois com a sua presença naquela delicada situação expressou todo o respeito e afeto que Jesus lhe incutia. Já a quarta transpirava gratidão por todos os poros. Uma vez liberta por Jesus dos demónios que a dominavam, era-lhe impossível distanciar-se do seu Salvador.
Imitemos-lhes a fé. Por outro lado, continuemos a confiar inteiramente Naquele que, mesmo pregado e a agonizar, insistiu em pensar mais nos outros do que em Si. O amor de Jesus vê-se nestes amorosos detalhes, ao garantir que não caminhamos sós. Comecemos por amparar os que sofrem de solidão no nosso núcleo familiar e estaremos a cumprir a Sua vontade.
— João 19.25-27