#35 Eu sou a ressurreição e a vida
Eu sou a ressurreição e a vida. O que crê em mim, mesmo que morra, há de viver. E todo aquele que está vivo e crê em mim, nunca mais há de morrer.
— João 11:25-26 (BPT)
Os médicos conseguiram pôr um cego a ver. Ele estava a olhar para o mundo, pela primeira vez, e a reconhecer as palavras que já lhe eram familiares. Quando o processo de aprendizagem se tornava muito pesado, ele fechava os olhos e voltava ao seu hábito – ao toque. A coisa mais difícil de lhe explicar foi a palavra “luz”. Não se pode apontar o dedo na direção da luz. Ela estava em toda a parte, e em lugar nenhum ao mesmo tempo. A parte mais complicada era o menino já ter a sua perceção do que era a luz, enquanto era cego. Agora, ele estava à procura de uma luz, que quando era cego imaginou. A mãe tentava explicar-lhe como ver a luz. Mas a palavra “luz” era uma palavra de outro mundo…
Tal como este rapaz, temos feito parte do caminho com os olhos fechados. Nós demos um sentido às palavras e aprendemos a andar pelo toque. Depois, houve um encontro. Encontro com Aquele que é o caminho, a verdade e a vida. O encontro que abriu os nossos olhos…
E agora eu sei, mais uma vez, o que é a “vida”. Quando uma pessoa deixa de respirar, dizemos que a vida a abandonou. Quando a respiração volta, dizemos que a vida voltou. Pergunto-me: viver e respirar são a mesma coisa? Ou “vida” é a tal palavra do outro mundo? Deus soprou em nós o sopro da vida. Ele não preencheu simplesmente os nossos pulmões de oxigénio. Ele repartiu comigo a Sua natureza, porque Ele é a vida.
E, hoje, eu tenho escolha: fechar os olhos e continuar a ir pelo toque, ou procurar a vida, que é mais do que respiração, e precisar d’Ele, mais do que do oxigénio, alimentar-me das Suas palavras, como pão, e ver este mundo de uma forma completamente diferente. A vida consiste em muito mais do que tarefas, trabalho e preocupações. É só quando me chego a Ele que realmente sinto vida. Eu respiro, mas inspiro algo diferente do ar… E esta parte de mim nunca morrerá! Que privilégio ter comunhão com o eterno, agora, nesta terra. Olhar para o mundo que não para, com os olhos abertos, e ver nele um princípio eterno — o sopro da vida d’Ele.
— Masha Ivanishchev
Os devocionais são um trabalho conjunto de
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