#30 Eu sou o pão da vida
Eu sou esse pão que dá vida. Aquele que me aceita nunca mais há de ter fome…
— João 6:35 BPT
Eu sou esse pão vivo que veio do Céu. Quem comer deste pão viverá para sempre. Mais ainda! O pão que eu hei de dar é o meu corpo oferecido para que o mundo tenha vida.
— João 6:51 BPT
Foi Jesus de Nazaré que, com uma singeleza brutal, afirmou: “EU SOU O PÃO DA VIDA”. Não foram, seguramente, poucas as cócegas que tal afirmação fez aos ouvidos dos demais. Ao ouvi-Lo, o orgulho de qualquer um ficou ebuliente. Imagino os trejeitos desajeitados dos ouvintes, não era para menos. Na verdade, essa era a intenção de Jesus: dilacerar o ego de quem O ouvia. Isto por amor!
Eles – os ouvintes presentes na altura – não são muito diferentes de nós: mudam as personagens e os cenários, mas o enredo é sempre o mesmo. Tanto é que, para nós (ou pelo menos para mim), é difícil ouvir alguém dizer: “EU SOU”! Taxamo-lo de presunçoso e o nosso orgulho impetuosamente quer impor-se: “eu também sou!”
Assim é, desde os dias em que vivíamos no jardim do Paraíso, foi lá que o ser humano disse isso a Deus. Desde então, não há volta a dar! Não há como tapar o sol com a peneira. Não apouquemos a realidade: temos passado fome, e não é pouca. Fome de sentido. Fome de significado. Fome de realização. Fome de satisfação. Fome de plenitude. Não admira que, por muito que procuremos, aqui e acolá, satisfazer a nossa fome, tudo o que conseguimos é desenvolver uma espécie de bulimia.
É, temos procurado pão, mas temos comido pedras. Temos buscado degustar pão ázimo, mas temos agudizado o nosso “transtorno alimentar compulsivo”. Temos procurado satisfação, mas temos mergulhado nas profundezas da frustração do eu. É, é extremamente doloroso “calar” o nosso petulante eu e reconhecer que não somos nada.
Ouçamos e submetamo-nos Àquele que, em amor, encosta o dedo no nosso nariz e, compadecidamente, afirma: “EU SOU O PÃO DA VIDA”. Baixemos a guarda! Assumamos a nossa estrutura frágil e empoeirada (somos pó, recordas-te?), e alimentemo-nos diariamente do Pão da Vida.
Ele realmente é o único que É. Se nós somos alguma coisa, é pura graça d’Ele. Comamos do único pão que pode saciar a nossa fome de ser — o Cristo.
— Ricardo Martins
Os devocionais são um trabalho conjunto de
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