Compras de Natal

Frenesim do Natal

  • Compras
  • Longas filas de espera
  • Stress
  • Cozinha
  • Decorações
  • Ir a festas e planear festas
  • Cantar
  • Limpezas
  • Preparativos

Onde está a noite de paz? Nada disto parece muito calmo, pelo menos este ano… E quando começo a pensar bem o ano passado também não foi assim tão calmo como isso. Cantamos “Quem é o Infante?” entramos em pânico: – Os miúdos, onde estão? Acho que embrulhámos um sem querer! Ou ficou no centro comercial?”

“Have Yourself a Merry Little Christmas” Um Feliz Natal? “Feliz” não é exatamente a palavra que usaria para descrever as idas às compras a empurrar e a ser empurrada nos corredores do hipermercado, para tentar apanhar a última embalagem de salmão fumado. Não estava muito “feliz”, à espera na fila com mais de mil pessoas no dia do desconto de 50% dos brinquedos, quando a senhora a ser atendida na caixa se esqueceu de pesar as cenouras: “– Vegetais à caixa 21, por favor! Vegetais à caixa 21!”

E a parte sobre “Little Christmas”? Um Natalzinho? Estão a gozar comigo! Concertos na escola dos miúdos, almoços de Natal, festas da empresa, reencontros de amigos que vêm para um café, os sogros na véspera de Natal, a Consoada, o bacalhau, os fritos de Natal, as sobremesas, três horas à volta da mesa e continua tudo no Dia de Natal, como o peru e mais doces e mais família…! Natalzinho??? Pois! Sem tirar nem pôr!

Gostava de ter não só um pouco de “Paz na Terra”, mas também um pouco de paz na minha vida. Gostava de ter algum tempo para parar, para pensar e refletir… não na minha vida mas na Dele. Porque veio Ele? Porquê assim? O que mudou de facto naquela noite?

Nós domesticámos o Natal. Tornámo-lo vermelho e verde. Fizemo-lo muito agitado, ocupado e caro. Fizemo-lo sobre a família, a comida, os presentes e os feriados. E enquanto domesticámos o Natal, esquecemo-nos do que teve aqui o seu início. E porque nos esquecemos do que foi começado também não temos a visão, e logo a paixão, sobre o que ainda vai ser. Isso tornou a vida e especialmente estas Festas muito mais confusas. Perdemos a nossa compreensão do passado, o nosso presente não é claro e estamos cegos para o que será o futuro.

Para. Pensa. Lê. Reflete. Isto não foi um momento isolado e solitário na História. Isto foi parte do passado, uma resposta a milhares de anos de luta do homem contra o pecado e a depravação. Este foi o momento pelo qual toda a Criação aguardava, ansiava! Deus veio! Ele não se esqueceu de nós. Ele não nos abandonou. Ele veio na forma humana para nos dar esperança, para nos dar vitória e nos dar um futuro. Este bebé tranquilo, que imaginamos deitado na manjedoura, era Deus… e Ele estava simplesmente a começar o seu plano final para a nossa salvação.

Acho que nós não conseguimos alcançar quão sagrada foi aquela noite! Deus na terra, a lutar a nossa batalha. O dom, descobriremos na Páscoa, não foi o seu nascimento, antes a sua morte. E não há nenhum presente mais precioso, santo, e poderoso que ele nos pudesse dar.

Então, ó vinde e adoremos! Fiquem sentados durante alguns minutos e reflitam em Jesus. Não de uma forma sentimental… antes ponderem o mistério do Deus tornando homem; a Sua decisão de sentir o que nós sentimos, de enfrentar as mesmas lutas e dificuldades que nós, de morrer como também nós um dia morreremos.

Lembrem-se que estamos prestes a celebrar uma grande vitória. Uma vitória que começou com um bebé mas acabou com o Rei dos reis e o Senhor dos senhores. Sintam-se alegres e triunfantes – Emanuel – Deus é connosco!

Texto de Connie Main Duarte
Foto de Mike Senese